As manifestações ganham força em diversos campi da instituição de ensino superior pelo Estado do Ceará e em 28 universidades e institutos federais em todo o país
Servidores técnicos administrativos da UFC entram em greve para cobrar valorização salarial | Foto: Antônio Renato
28 universidades e institutos federais em todo o país
Até o momento, 28 universidades e institutos federais em todo o país, aderiram a uma onda de greves lideradas pelos servidores Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) que reivindicam melhorias nas condições de trabalho e valorização salarial.
A indignação dos servidores é direcionada principalmente à demora do governo em responder às propostas apresentadas pelas entidades.
Segundo relatos, as propostas foram protocoladas há mais de seis meses, mas apenas recentemente houve um retorno, "marcado pela falta de preparo e desconhecimento por parte do governo em relação às demandas", destaca um diretor sindical, em condição de anonimato.
Procurado para comentar sobre a greve deflagrada, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que "não comenta processos de negociação dentro das mesas setoriais e específicas".
Servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) da UFC entram em greve | Foto: Antônio Renato
campanha Brasil Participativo
Em 4 de setembro do ano passado, no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), foi instalada a primeira mesa de negociação específica e temporária. O PCCTAE inaugurou as mesas por conta da votação expressiva durante a campanha Brasil Participativo, onde a reestruturação da carreira ficou em 3° lugar geral e em 1° lugar no tema de Educação.
Por ser a primeira mesa a ser aberta, gerou-se a esperança de que as negociações do PCCTAE avançariam rapidamente, entretanto após mais de cinco meses da abertura das negociações, e a julgar pela última reunião com os técnicos do MGI, o governo nem sequer estudou a carreira e a proposta apresentada, enquanto outras carreiras (ANM, ATI, ATPS, Auditores Fiscais, Banco Central, Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Penal Federal (PPF) e outras) passaram na frente e tiveram acordos de reestruturação assinados.
As demais carreiras já reestruturadas utilizaram mecanismos de pressão sobre o governo e o TAES acreditam que é chegada a hora de, por meio desses mesmos mecanismos de pressão, fazer com que a reestruturação ganhe a devida importância e finalmente saia do papel.
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