Com diversos pontos de alagamentos nas cidades, previsão de chuvas intensas, aumenta a responsabilidade dos órgãos competentes, para tentar amenizar o impacto das próximas chuvas nos municípios do Nordeste e do Brasil
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Chuvas fortes mudam a paisagem em Pindoretama no Ceará | Foto: Cléa Souza |
Chuvas fortes, enchentes e calor excessivo estão se tornando eventos repentinos em diversas regiões do Brasil. Pensando nisso, as organizações estão agindo para diminuir o mais rápido possível esses impactos. Esse é o caso da ONG Visão Mundial em parceria com o Bureau de Assistência Humanitária (BHA) da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), no projeto Nordeste pela Resiliência Climática, que visa minimizar os riscos que as comunidades pobres estão expostas, fortalecendo a população local que está sofrendo com inundações e deslizamentos de terra.
O objetivo é claro: reduzir a perda de vidas, de bens materiais e de meios de subsistência. Para isso, a Visão Mundial em parceria com BHA implementou um programa focado na Política e Prática de Redução de Risco a Desastres (DRRPP), que também estimula a aproximação do poder público com as comunidades de áreas de risco, viabilizando a promoção de ações contínuas de prevenção sustentável, mesmo após o término do projeto.
Desde então, as regiões do Nordeste estão sendo contemplados com a iniciativa são, Pernambuco, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Olinda, Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, Alagoas, Maceió, Marechal Deodoro, Rio Largo, Bahia, Porto Seguro, Belmonte, Santa Cruz Cabrália, Eunápolis, Itamaraju, Jucuruçu, Prado e Teixeira de Freitas. “Realizamos diversas pesquisas para entender a necessidade de cada região e quais estão sendo mais impactadas por conta dos eventos. Nosso objetivo é auxiliar ao máximo as pessoas”, explica Renata Cavalcanti, diretora de Operações da Visão Mundial.
Em estudo realizado pelo Instituto Pólis, afirmou que sete de cada dez brasileiros já sofreram com eventos climáticos. Entre eles, 20% foi causado pelas chuvas fortes, 20% a seca e escassez de água, 18% a alagamentos, inundações e enchentes, 10% a temperaturas extremas, 7% a apagões de energia, 6% aos ciclones e tempestades de eventos e 5% a queimadas e incêndios. “Sabemos que esses episódios aconteceram com mais frequência devido ao aquecimento global, portanto, é de extrema importância agirmos o mais rápido possível”, comenta Cavalcanti.
O projeto Nordeste pela Resiliência Climática já auxiliou mais de 1.200 pessoas e passará por outras regiões locais. O projeto começou a ser desenvolvido ainda no primeiro semestre de 2023 e até a primeira semana de janeiro de 2024, foram mais de 80 atividades, entre oficinas de capacitação, treinamentos com a participação da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, encontros, mutirões de limpeza, visitas a lideranças e ações em conjunto com outras iniciativas. “A Visão Mundial nasceu com a missão de olhar para as crianças e famílias mais vulneráveis do país, e esse projeto é mais uma iniciativa que visa mudança real na vida de cada um.” conclui Cavalcanti.
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