Aproximadamente 10 pessoas fazem exames e consultas na capital Fortaleza, especialmente no Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO)
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Centro Regional Integrado de Oncologia CRIO — Foto: Jurenilson Santos / arquivo pessoal |
Moradores de Russas, no Vale do Jaguaribe (CE), que precisam de atendimento médico especializado na capital Fortaleza, alegam que estão sofrendo, devido mudanças no serviço de transporte que era oferecido pela prefeitura.
Conforme os pacientes, eles estão sofrendo com as mudanças desde o início do ano. Saem de Russas 02h30 da manhã em um ônibus da prefeitura, e são levados até uma casa de apoio, desta casa de apoio, são transportados até os locais de atendimento em carros pequenos, superlotados, causando atrasos e até perda das fichas para o atendimento.
Uma das pessoas que reclama da falta de atendimento é uma moradora do Tabuleiro da Vaquejada, em Russas, ela conta que todo mês precisa ir à capital para ser atendida no Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO) por causa de um grave problema de saúde.
Sem condições financeiras de custear as viagens, ela sempre agenda um lugar no transporte concedido pela Secretaria de Saúde do município, no entanto, nestes últimos meses, quando chega na capital, ela afirma que todos os pacientes do CRIO que vão de ônibus da prefeitura, são levados para uma casa de apoio, para de lá serem transportados para o CRIO.
Ela afirma que o ônibus sai de Russas as 02h30 da madrugada e chega na casa de apoio por volta das 6h00 da manhã, tendo que aguardar um outro transporte, no caso, um carro pequeno, que também sai de Russas, para leva-los até o local da consulta, chegando no local da consulta por volta de 08h30 da manhã, o que na maioria das vezes, inviabiliza o recebimento das fichas que são entregues para a realização das consultas e dos atendimentos.
A moradora também relata, que essa demora na chegada, atrasa e prolonga o atendimento, tendo que passar praticamente o dia no atendimento na capital.
“Pedem para a gente esperar e esperamos até mais ou menos quase 8h. Até chegar um carro pequeno para levar a gente para pegar as fichas no CRIO para fazer as consultas”, comenta.
“Vou fazer uma pergunta, por qual motivo o ônibus não vem mais direto deixar os pacientes no CRIO, por que não vem mais, é só isso que quero saber, o motivo?”, questiona.
Enquanto o problema não é resolvido, os pacientes que dependem do benefício estão revoltados com a situação. Para o esposo de uma paciente, a suspensão caracteriza omissão de socorro.
“O poder público tinha que dar um jeito e arrumar um ônibus ou qualquer outra coisa para ajudar o povo”, opina
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