A taxa Selic, foi fixada em 13,25% ao ano nessa quarta-feira (29), evento que passou a ser conhecido como "super quarta"
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Comida no prato dos brasileiras vai ficar mais cara | Foto: José Nogueira |
A taxa básica dos juros no Brasil, taxa Selic, continua impactando diretamente a economia e a vida dos brasileiros, principalmente de quem trabalha, que enfrenta maior dificuldade no acesso ao crédito e no custo de vida. Definida pelo Banco Central do Brasil (BCB), a Selic influencia desde os juros de empréstimos e financiamentos até o crescimento econômico e a geração de empregos.
Com o patamar elevado da taxa básica de juros, o crédito se torna mais caro, o consumo desacelera e a economia enfrenta mais desafios no crescimento. Especialistas apontam que, embora a Selic alta ajude no controle da inflação, ela também prejudica investimentos produtivos e o poder de compra da população.
Como a Selic Afeta os Trabalhadores?
Para os trabalhadores do Brasil, especialmente os mais pobres, a taxa Selic de 13,25% impacta diretamente na mesa e no dia a dia dos brasileiros. Por exemplo, para quem precisa recorrer
a empréstimos ou financiamentos encontra taxas de juros mais altas.
Isso dificulta a compra de bens como carros e imóveis, além de aumentar o
custo de dívidas de empréstimos, cartão de crédito e no cheque especial
Com os juros elevados, as empresas e indústrias brasileiras, reduzem os investimentos e evitam contratações. Consequentemente, os trabalhadores sentem o impacto, com menos oportunidades de trabalho e aumento nos salários limitado.
Com isso, as famílias brasileiras, especialmente as mais pobres, evitam compras parceladas, o que desacelera setores como o de comércio e o de serviços. Isso afeta diretamente os pequenos negócios e trabalhadores de "bicos" que dependem deste consumo ativo para manter seus serviços e atividades.
Por outro lado, para aqueles que já possuem dívidas, a Selic elevada significa que as parcelas de financiamentos ficam mais caras. Muitas famílias acabam destinando grande parte do dinheiro que ganham para pagar juros, que agora se tornaram mais altos, limitando a sobra do dinheiro para compras.
controle da inflação
Embora a Selic alta seja uma ferramenta para conter a inflação, seu efeito na vida dos trabalhadores pode ser contraditório. Isso ocorre porque, mesmo com a inflação controlada, o custo dos produtos essenciais continua alto, enquanto os salários não acompanham o aumento dos preços. Como resultado, o brasileiro sente no bolso a dificuldade de manter o mesmo padrão de vida.
Economistas avaliam que a manutenção da Selic em 13,25% poderá continuar freando o crescimento econômico e dificultando a recuperação do mercado de trabalho. A expectativa, segundo o Banco Central, é que a política de aumento gradual da taxa Selic, se mantenha nos próximos meses, até que os índices de inflação se estabilize.
Enquanto isso, especialistas recomendam que os trabalhadores evitem novas dívidas com juros elevados e busquem alternativas para equilibrar o orçamento, ou seja, manter o arrocho nas contas e gastos de casa.
Ajuste fiscal
Com a população enfrentando desafios para botar comida na mesa e no acesso ao crédito, a discussão sobre a taxa de juros elevada segue no centro do debate político, com impacto nos gastos públicos e a incapacidade do Governo Federal de fazer o ajuste fiscal nas contas públicas, levando a população, principalmente os trabalhadores a buscar a informalidade, considerando que sem o ajuste fiscal, o Governo aposta na arrecadação para equilibrar as contas, ou seja, maior arrecadação, maiores impostos e taxas, tudo que o trabalhador "de bico" tenta evitar.
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