Tragédia ocorreu dentro da Delegacia Regional de Camocim, litoral norte do Ceará

Em depoimento policial que matou colegas em delegacia de Camocim denuncia assédio — Foto: Reprodução

Depoimento do policial que matou colegas em Camocim
Afirma que sofreu injustiças, após 12 anos de trabalho, desses 12 anos, foram 9 anos de trabalho plantonista.
Camocim
Antes de massacre, psicóloga deu atestado de 15 dias a policial que matou colegas dentro de delegacia.
Policial que matou quatro colegas em delegacia tinha sintomas como insônia, desânimo e instabilidade emocional, segundo laudo de psicóloga.
O inspetor da Polícia Civil Antonio Alves Dourado, de 44 anos, que matou a tiros quatro colegas de trabalho, recebeu um atestado de 15 dias de descanso por problemas psicológicos em 11 de maio deste ano, apenas três dias antes dele entrar na delegacia de Camocim (CE) e matar três escrivães e um inspetor.
Em um documento escrito à mão e anexado pela defesa no auto de prisão, a psicóloga Aline Spindola Cavalcante, da Multiclínica Camocim, escreveu que Dourado apresentava sintomas como insônia, desânimo, dificuldade de concentração e instabilidade emocional.
“Necessitando de 15 dias de descanso. Necessitando de afastamento dos serviços laborais por 15 dias iniciando hoje”, escreveu a psicóloga.
Em outro laudo, de 4 de junho do ano passado, a psicóloga Cicera Eliene Monçao de Araújo relatou que não houve contribuição suficiente por parte de Dourado no tratamento.
“Recomenda-se que possa haver amparo jurídico necessário, no intuito de solucionar e preservar a integridade física e psicológica do envolvido”, escreveu a psicóloga no texto do relatório.
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Chacina na Delegacia de Camocim no Ceará — Foto: Reprodução. |
Os corpos dos quatro policiais civis mortos por um colega da corporação dentro da Delegacia de Camocim, no interior do Ceará, foram liberados pela Perícia Forense neste domingo (14) e seguirão para velório e enterro. O crime ocorreu nesta madrugada e o autor, um inspetor da Polícia Civil, já se entregou e foi preso em flagrante.
Os escrivães Antônio Cláudio dos Santos e Antônio José Rodrigues Miranda serão velados e enterrados em Camocim. Já Francisco dos Santos Pereira, outro escrivão, será enterrado em Fortaleza.
A quarta vítima, Gabriel de Souza Ferreira, vai ser velado e enterrado em Teresina, pois sua família mora no Piauí. As informações foram repassadas por Rildo Eduardo Veras, amigo das famílias e advogado.
Crime na Delegacia de Camocim
O agressor teria sido premeditada pelo policial, segundo o delegado geral da Polícia Civil do Ceará, Márcio Gutiérrez. O Diário do Nordeste apurou que o policial suspeito chegou em uma motocicleta e invadiu o imóvel pelos fundos. Ele usou um objeto para subir o muro.
A chacina em Camocim foi notícia nas primeiras horas de domingo(14)
Após
cometer os crimes, ele fugiu em uma viatura da delegacia e abandonou o
veículo em uma unidade de saúde da região. Em seguida, se apresentou no
Batalhão da PM da região.
Antes de se apresentar a polícia, o policial que matou os colegas em uma Delegacia de Camocim, no Ceará, gravou um vídeo.
Em frente de sua casa, gravou um vídeo pedindo perdão e relatando as razões.
“Perdão a todos. tentei, procurei, fui humilhado, achincalhado, transformado em um
lixo, perseguido, inventaram, criaram”, diz o acusado.
“trabalhei de quarta a domingo por que fui defender uma colega que ficava sozinha de plantão na Delegacia de Camocim”, afirmou.
"Volto a cena, Delegada Patricia dizer tu vai sozinho na viatura e se quiser leva um PM para fazer notificação e investigação, isso não se faz" Denunciou.
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