Estudantes, Professores e Servidores da UFC se mobilizam diante do mais recente bloqueio de verbas da Educação anunciado dia 30 pelo governo federal
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Mobilização Reitoria UFC - Foto: Reprodução |
O Governo federal publicou, no dia 30 do mês passado, mais um corte, desta vez de 5,8% das verbas discricionárias da universidade.
As despesas discricionárias são aquelas dependentes da decisão de uma autoridade competente, no caso o Governo Federal, não atingindo salários de servidores, sejam
Assistentes administrativos ou Professores.
Esse percentual se traduz em valores de R$ 328,5 milhões de reais. Elas dizem respeito às despesas com programas de bolsas e auxílios estudantis, como o auxílio-moradia, bolsa de iniciação acadêmica, auxílio-emergencial e auxílio-creche, afetando alunos em vulnerabilidade sócio-econômica, com o restaurante universitário, afetando alunos em geral, e ainda com despesas estruturais, como água e energia elétrica.
Dessa forma, diante desses cortes, ainda que os servidores técnicos e professores permaneçam em suas atividades, elas podem não ser possíveis de serem realizadas por questões que vão além de suas possibilidades individuais de permanecer trabalhando diante de todo esse cenário.
O último corte se soma ainda ao montante que já havia sido bloqueado ao longo de 2022, perfazendo um total de R$ 763 milhões retirados das universidades federais do orçamento que havia sido aprovado para este ano.
“A situação crítica que vive nossas Universidades hoje. Depois de mais um bloqueio dos recursos da educação com uma desculpa esfarrapada de que é pra não atingir o teto de gastos, quando na verdade sabemos que esse dinheiro está sendo desviado para fins eleitorais, estamos todos acompanhando indignados o Governo destruir a Educação Pública desse país.
Nossas universidades já não têm servidores suficientes para atender a demanda. Servidores esses que estão sendo sobrecarregados e adoecendo, além de estarmos com salários congelados há 5 anos, nossos laboratórios não recebem os materiais necessários para suas atividades, alguns deles estão recebendo equipamentos quebrados e a universidade não tem dinheiro para consertar, outros sequer possuem equipamentos, só tem a placa com o nome na porta.
Alguns alunos estão sendo impedidos de utilizar o restaurante universitário. A qualidade dos serviços dos restaurantes vem diminuindo. Tivemos até recentemente casos de infecção alimentar devido a má qualidade.
É tanta precarização que até parece que acabar com a Educação Pública foi proposta do governo, porque poucas coisas foram tão consistentes nesse governo atual como os ataques à educação. Agora, só tem um jeito de parar com essa destruição, é elegendo um outro presidente.
Enquanto isso, o Sintufce vai articulando mobilizações e somando forças com outros sindicatos e entidades que atuam em defesa do servidor público e da educação pública, dentro e fora das Universidades, para abrir os olhos da sociedade e mostrar que a educação pública, gratuita e de qualidade é um direito do povo brasileiro e não abriremos mão dele.”
Disse Antônio Renato, Coordenador Geral do SINTUFCE.
“Mais uma vez o governo Bolsonaro ataca a educação pública, em especial as universidades e institutos federais, retirando do seu orçamento um montante absurdo de recursos que garantem o funcionamento das universidades nas suas diversas atuações”, lamenta o presidente da ADUFC, Prof. Bruno Rocha.
O assunto foi destaque do Programa A Notícia o Ceará, que vai ao Ar todo sábado pela Rede de Rádios ANC
Ouça:
E também do Site anoticiadoceara.com.br com o titulo:
"Bloqueios nos recursos da Educação impactam universitários de Russas"
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