O evento contou com a participação de docentes, técnico-administrativos e estudantes e destacou as preocupações com a PEC
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Debate contra a Reforma Administrativa no Campus da UFC em Russas no Vale do Jaguaribe Ceará | Foto: José Nogueira/arquivo pessoal |
A tarde desta terça-feira (14) foi marcada por um debate acalorado no hall do campus da Universidade Federal do Ceará (UFC) em Russas, onde representantes do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC-Sindicato) e do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais do Estado do Ceará (SINTUFCE) se reuniram para discutir os impactos da Reforma Administrativa proposta pelo governo federal.
O evento, que contou com a participação de docentes, técnico-administrativos e estudantes, destacou as preocupações da comunidade acadêmica com os possíveis efeitos da PEC 32 sobre os serviços públicos e, em especial, sobre o futuro das universidades federais.
De acordo com os representantes sindicais, a reforma representa uma ameaça direta à estabilidade do serviço público e pode comprometer o funcionamento de instituições de ensino como a UFC e Institutos Federais (IFs).
Eles alertaram que a medida pode levar à precarização do trabalho e à redução da qualidade dos serviços educacionais oferecidos à população em regiões como o Vale do Jaguaribe.
Reforma administrativa
"Essa reforma representa o fim do serviço público", afirmou uma das lideranças presentes ao debate.
Durante o debate foram elencados ao menos 12 (doze) motivos, segundo os sindicatos, para dizer não a essa reforma através da PEC 32, são eles:
- a expansão dos contratos temporários;
- o fim do caráter excepcional da contratação temporária;
- a automatização e desumanização dos serviços públicos;
- o aumento da privatização;
- o retrocesso na estabilidade dos servidores;
processo de demissão facilitada;
- o fim da estabilidade dos empregados de estatais;
- os processos de avaliações de desempenho punitivos;
- a extinção de cargos considerados obsoletos;
- a divisão da categoria;
- a restrição do direito de defesa;
- e o ataque ao Regime Jurídico Único (RJU).
O ato encerrou com um chamado para a mobilização permanente da categoria e da sociedade civil contra a aprovação da reforma administrativa.
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