A Investigação da espionagem ilegal da Abin. A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em endereços do vereador pelo partido Republicanos do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro
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SUPER LIVE com JAIR MESSIAS BOLSONARO: formação de candidatos e lideranças | Foto: Reprodução |
Policiais Federais estiveram, por volta das 11h, da manhã desta última segunda-feira,(29), cumprindo mandato de busca e apreensão na casa da família Bolsonaro, na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis, na costa verde do Rio de Janeiro (RJ).
Mandado de prisão de Bolsonaro
Os Policiais chegaram pela manhã com veículos descaracterizados fazendo buscas e apreensões, na residência do ex-presidente, na operação denominada "Abin Paralela", que investiga suposto esquema ilegal de monitoramento via Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).
O vereador do Rio de Janeiro, pelo Partido Republicanos, Carlos Bolsonaro, é um dos suspeitos de ter recebido informações obtidas ilegalmente pela Agência. A Policia Federal informou em nota que não havia mandado de prisão de Bolsonaro ou dos filhos.
O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), concedeu uma entrevista exclusiva para a Jovem Pan durante o programa 3 em 1 desta segunda-feira (29) para falar sobre a busca e apreensão da Polícia Federal contra seu filho, Carlos Bolsonaro (Republicanos).
Afirmou não entender as razões da busca ser na casa dele, considerando que não é alvo de nenhuma investigação ligada a Abin.
Disse também que estranhou essa operação ocorrer logo após a realização de uma LIVE, onde segundo ele, obteve 100 (cem) vezes mais audiência do que o atual mandatário do país, se referindo ao atual presidente Lula do Partido dos Trabalhadores (PT).
Vídeo da Polícia Federal com Bolsonaro e o Filho Carlos Bolsonaro
Polícia Federal
Ao todo, a Polícia Federal (PF) cumpriu oito mandados de busca e apreensão nesta segunda-feira (29), para poder avançar na investigação sobre uma possível Agência Brasileira de Inteligência (Abin) paralela durante o governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
Os mandados foram para as cidades do Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Formosa (GO) e Salvador (BA).
A busca e apreensão foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para o gabinete do vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, uma residência na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense, e na casa de praia da família, na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis.
SUPER LIVE com JAIR MESSIAS BOLSONARO: formação de candidatos e lideranças
É lá que Carlos, os irmãos Eduardo e Flavio, além do pai, estavam desde sábado (27) e de onde teriam transmitido a LIVE que os quatro realizaram no domingo à noite.
Carlos Bolsonaro, do Republicanos do Rio de Janeiro é suspeito de ter criado a Abin paralela e a PF investiga se o vereador usava assessores para solicitar informações de forma ilegal por meio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Na decisão na qual autorizou as buscas e apreensões contra Carlos Bolsonaro e os demais envolvidos na investigação, o ministro do STF Alexandre de Moraes argumenta que as provas obtidas até o momento demonstram a existência de uma “organização criminosa” para realizar ações clandestinas na Abin.
“Os elementos de prova colhidos até o momento indicam, de maneira significativa, que a organização criminosa infiltrada na Abin também se valeu de métodos ilegais para a realização de ações clandestinas direcionadas contra pessoas ideologicamente qualificadas como opositoras, bem como para fiscalizar indevidamente o andamento de investigações em face de aliados políticos”, escreveu Moraes.
Pelas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, irmão do vereador, classificou a operação como ato ilegal, além de imoral.
“Esse estado de coisas não pode permanecer, não pode uma ordem judicial ter uma ampliação dessa forma. Isso é ato ilegal, além de imoral”, declarou.
A ação é um desdobramento das operações Última Milha e Vigilância Aproximada, que teve entre os alvos o atual deputado Alexandre Ramagem do Partido Liberal (PL) do Rio de Janeiro, diretor da Abin no governo Bolsonaro.
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