É Super Quarta e os traders estão colocando suas ações na geladeira em meio a decisões sobre a taxa de juros nos Estados Unidos e outros bancos centrais importantes como o Brasil
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Super quarta de mercado — Foto: Portal baixo jaguaribe/Reprodução |
Por Felipe Freitas.
Os investidores estão arriscando dizer que o fim do ciclo de alta de juros nos EUA está próximo, após os primeiros sinais de uma eventual crise bancária global. Enquanto isso, as bolsas asiáticas estão fechando em alta, mas o mercado de minério de ferro e petróleo estão deixando os traders preocupados.
O que será que o mercado nos reserva hoje? Será que teremos mais surpresas?
VOCÊ TAMBÉM TÁ DE OLHO NA SELIC?
Hoje é dia de decisão do Banco Central sobre a Selic, e a pressão do governo tá igual aquela hora que sua mãe te pede pra arrumar a cama antes do café da manhã. Mas parece que pelo menos um número vai impedir a queda da taxa: a inflação de serviços. Os preços estão subindo mais que pão na chapa no café da padoca, impulsionados pela demanda e pelo repasse de custos.
Em fevereiro, a inflação de serviços foi mais do que o dobro da de janeiro e atingiu a maior marca em quase 20 anos! E olha que em 2020 já tava difícil, né? E a educação foi a vilã da vez, com reajuste médio de 6,4% em fevereiro - mais que o aumento do salário mínimo!
Além disso, os aluguéis estão subindo como se fossem um foguete, graças à elevação da taxa de juros dos financiamentos imobiliários. Mas vamos lá, as apostas são de estabilidade dos juros na B3, então o que resta agora é acompanhar e torcer.
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E LÁ FORA?
O dia começou com as ações asiáticas subindo cautelosamente, como se tivessem acabado de assistir a um filme de terror bancário global e estivessem esperando que os heróis do Federal Reserve salvassem o dia. Enquanto isso, na Europa, o clima era predominantemente positivo, com os investidores agindo como se estivessem numa tarde ensolarada na praia, ignorando completamente o fato de que o Fed estava prestes a jogar uma bola de volatilidade nos futuros americanos.
Mas as coisas ficarão sérias quando a decisão de política monetária do Copom chegar. Espera-se que a taxa Selic seja mantida em 13,75%, mas o mercado quer mais, procura um tom mais flexível. O problema é que o governo não apresentou formalmente uma nova regra fiscal, deixando a impressão de que estão apenas improvisando…
Haddad, que deveria apresentar a proposta, aparentemente teve que viajar com Lula para a China, deixando os investidores frustrados e irritados. E o pior de tudo é que as coisas podem ficar ainda mais turbulentas até a próxima reunião. O presidente falou inúmeras bobagens em entrevista, mostrando que ninguém sabe muito bem o que está acontecendo.
Em resumo, parece que o governo está tentando dançar salsa com os investidores, mas está pisando nos próprios pés. Esperamos que, pelo menos, eles usem sapatos adequados na próxima vez.
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